Boa observação, Eduardo. Dentre as principais referências usadas no meu livro em questão, Terra dos Pássaros, estão algumas tábuas da antiga Babilônia que relacionam nomes de deidades a espécies e cantos de aves. Fora isso, muitos povos originários ainda usam as direções cardinais do voo dos pássaros como sinais específicos de bom ou mau agouro. Na minha visão, as raras culturas que não separam ciência, magia e poesia (ou mais a fundo, cultura e natureza) são aquelas que guardam uma forte ligação com o encantamento. Não é a toa que o Ailton Krenak cunhou a frase “o futuro é ancestral”: talvez os únicos capazes de sobreviverem à urgência climática sejam justo aqueles que a sociedade ocidental julga como os mais “atrasados”.
Será que os passarinhos que restaram tão ligados no encantamento?
Boa observação, Eduardo. Dentre as principais referências usadas no meu livro em questão, Terra dos Pássaros, estão algumas tábuas da antiga Babilônia que relacionam nomes de deidades a espécies e cantos de aves. Fora isso, muitos povos originários ainda usam as direções cardinais do voo dos pássaros como sinais específicos de bom ou mau agouro. Na minha visão, as raras culturas que não separam ciência, magia e poesia (ou mais a fundo, cultura e natureza) são aquelas que guardam uma forte ligação com o encantamento. Não é a toa que o Ailton Krenak cunhou a frase “o futuro é ancestral”: talvez os únicos capazes de sobreviverem à urgência climática sejam justo aqueles que a sociedade ocidental julga como os mais “atrasados”.